domingo, 29 de julho de 2012

POBRE MENINA RICA: QUEM PODERÁ SALVÁ-LA?

A atriz Kristen Stewart ficou famosa como a heroína da série Crepúsculo. Galgou rapidamente o estrelato e, com apenas 22 anos já é rica e famosa. Em junho passado, ela deu uma entrevista para a revista Elle, onde disse literalmente o seguinte: "Você aprende muito com as coisas ruins. Estou cansada. Sinto algo, como, 'por que as coisas são tão fáceis para mim? Mal posso esperar para que algo louco aconteça comigo. É a vida. Quero que alguém me ferre!"  

Hoje ela está nas manchetes por ter tido um caso com o diretor do seu último filme (casado e com dois filhos), revelado publicamente através de fotos comprometedoras. Pelo menos ela teve a decência de reconhecer seu erro e pedir desculpas àqueles a quem feriu.

Olhando de fora, tudo parece uma loucura. Uma pessoa ainda jovem recebe tudo num bandeja - fama, riqueza, talento e beleza. E, como não é totalmente alienada, é capaz de perceber o tamanho desse privilégio, que ela mesma reconhece não ter feito por merecer. Sentindo-se cuulpada, pasasa desejar que algo de ruim lhe aconteça,  para se sentir mais normal. Assume então um comportamento autodestrutivo – tem um caso com um homem casado, à vista de todo mundo – para que sua “profecia” venha a se cumprir. E acaba ferrada aos olhos de todos.   

Essa história surpreendente, que ainda está longe de acabar, demonstra bem dois tipos de problemas que são terríveis na vida de qualquer ser  humano e que são muito mais frequentes entre as pessoas privilegiadas (ricas, bonitas, poderosas, famosas, etc):
 

“Ter” não é melhor do que “ser”
Eu já comentei várias vezes neste blog (XXX) que vivemos numa sociedade onde o sucesso é medido pelo que as pessoas têm: dinheiro, fama, poder, beleza, etc. E não importa como isso foi conseguido. 


Quem tem é um sucesso, mas quem não tem é um fracasso. Nesse tipo de sociedade, Kristen Stewart é um sucesso, enquanto Jesus foi um fracasso. Afinal, Ele não teve dinheiro, poder, beleza e sua fama só lhe trouxe problemas. 

No entanto, apenas com o poder da sua palavra e do seu exemplo de vida, Ele mudou a história da humanidade. É que na verdade Jesus foi um sucesso quando as coisas são medidas pelo que se é e não pelo que se tem. Era sábio, bom, paciente com as falhas do ser humano e amoroso, de uma forma além da nossa compreensão (morreu por nós).   

E é interessante perceber que Kristen tem noção de não ser o sucesso que todos querem ver nela. Percebe que tudo lhe veio muito fácil e que há algo de distorcido no “conto de fadas” que vive. Isso até é um avanço porque outras pessoas na mesma condição tornam-se arrogantes e acabam concluindo que são mesmo especiais.  

A primazia do "ter" sobre o "ser" é péssima, pois torna a sociedade materialista e tira importância das questões espirituais. Kristen talvez não consiga ver as coisas dessa forma clara, mas percebe que há algo de errado, de muito errado.

Não é possível ser feliz sem Deus
O segundo problema que transparece no depoimente de Kristen é o vazio que fica no interior do ser humano que não se relaciona intimamente com Deus. Ela sabe não ter merecido aquilo que tem, mas em momento nenhum procura entender de onde lhe veio as bençãos recebidas. E se tivesse essa preocupação, poderia demonstrar gratidão a Deus, colocando seus recursos e talento em prol de causas nobres. Mas ela vai por um caminho diferente e muito estranho: passa a desejar uma vida menos privilegiada, para não se sentir tão culpada.   


O fato é que fomos criados para viver em comunhão e harmonia com nosso Criador. O ser humano nunca atinge a felicidade plena sem estar junto a Deus. Um exemplo ajuda a explicar bem isso: também fomos feitos para conviver com outras pessoas e, por causa disso, a solidão é das piores coisas, pois deixa um enorme vazio na vida do solitário.  
  
O vazio causado pela necessidade de Deus não pode ser preenchido por nada material, assim como acontece com a solidão. Somente a presença de Deus em nossa vida elimina esse vazio. E é por isso que vemos tantos artistas, políticos, esportistas e socialites, pessoas altamente privilegiadas, profundamente infelizes. Muitas chegam a se autodestruir por conta das drogas e bebida.  

Palavras finais
Eu não sei o que vai acontecer na vida de Kristen Stewart, mas somente desejo o bem para ela. E ela até demonstra uma percepção e humildade acima daquilo que vemos em outras pessoas privilegiadas. 


Mas sem resolver essas duas questões importantes – passar a privilegiar o “ser” sobre o “ter” e se aproximar realmente de Deus – ela não vai resolver suas questões existenciais. Nem ela, nem nenhum de nós, pois estamos todos no mesmo barco. 

Com carinho

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O SIGNIFICADO DA "PARTÍCULA DE DEUS" PARA OS CRISTÃOS

O nome técnico da chamada “partícula de Deus”, tão comentada na mídia nesses últimos dias, é bóson de Higgs. A existência dessa partícula foi postulada por um físico britânico chamado Peter Higgs, mas até agora não tinha sido provada sua existência, pois trata-se de algo extremamente difícil de encontrar. Foi preciso um projeto (chamado CERN) que juntou vários países e custou cerca de 10 bilhões de dólares, para conseguir essa prova. Tanto é assim que o próprio Higgs sempre achou que não veria em vida sua teoria comprovad - agora ele certamente vai ganhar o prêmio Nobel.

Higgs pode fazer essa previsão porque existe um modelo padrão para o átomo. Esse modelo começou a ser construído no início do século passado por cientistas como Niels Bohr. Aos poucos, outros cientistas foram completando o modelo, que foi se tornando mais complexo: é esse modelo que fala da existência e do papel do neutron, do elétron, do próton, dos quarks, etc.
Usando esse modelo, Higgs percebeu que faltava uma partícula, ou seja havia algo ainda não descoberto que era necessário existir para que as contas fechassem. Tal partícula era do tipo bóson – não vou nem tentar explicar o que é isso aqui, para não complicar as coisas. E deram o nome do descobridor para o tal bóson, como é comum na ciência.
Segundo a física, o universo começou com uma explosão de um “ovo” de energia, o Big Bang, cerca de 13,7 bilhões de anos atrás, explosão essa que permitiu a formação de toda a estrutura de galáxias, estrelas e planetas que existe hoje. E o bóson de Higgs foi o fósforo que acendeu o pavio dessa explosão.
Na verdade essa partícula explica porque as coisas têm massa. E a existência de massa é muito importante, pois além de explicar o Big Bang, esclarece a força da gravidade que mantém os corpos celestes nas suas órbitas e, portanto, a organização do cosmos.
O apelido “partícula de Deus” foi proposto por outro cientista, ganhador do prêmio Nobel, Leon Lederman, no seu livro de mesmo nome. Veja o que ele disse:

“Esse bóson é tão central para o estado da física de hoje, tão crucial para nosso entendimento final da estrutura da matéria, entretanto tão difícil de detectar, que eu dei-lhe um apelido: a partícula de Deus. Por que? ... por que existe uma conexão, de certa maneira, com outro livro, esse muito mais antigo [se referindo ao Gênesis].”
Ora, por causa do apelido, muitas pessoas pensam que há conexão entre essa descoberta e os ensinamentos da Bíblia – o bóson de Higgs iria provar ou não a existência de Deus ou o relato da criação do mundo contido no Gênesis. Nada disso: a confirmação da existência dessa partícula pode iluminar a teoria adotada pela física para o Big Bang e a gravidade, mas nada fala de Deus.
Para nós cristãos, portanto, essa descoberta é muito interessante no sentido que ela reforça a teoria do Big Bang e essa teoria comprova que o universo teve início e isso aponta diretamente para Deus, conforme já comentei em outro texto aqui no blog. Somente isso. O que passar daí é pura fofoca.

Com carinho